Dalai Lama ensina que o valor real de alguma coisa não é sua capacidade de satisfazer uma vontade, uma vaidade, mas de atingir a necessidade de bem-estar
Isso mesmo, acredito em "sustentabilidade espiritual". Claro que sei da importância da ecologia, da agricultura orgânica, das fontes alternativas de energia, mas entendo que a base para dinamizar essas urgentes propostas é a espiritualidade humana: confiança e generosidade.
Sugestão que sinto válida nos dias atuais: crescer espiritualmente ao compreender que, embriagados de desejo material, batizados na cultura do consumo, afastamos possibilidades de felicidade. Precisamos extirpar de dentro de nós essa fome perpétua e opressora, avaliar as coisas ao redor de maneira diferente, buscando outras possibilidades, de maior valorização dos conhecimentos.
Simples assim: pertencemos à Terra, e não vice-versa. O mundo moderno fala muito de valor; o esoterismo segue preocupado com os sentidos, diferença brutal de escolha. Nesse sentido, admiro cada vez mais o Dalai Lama. Pena que não sejam noticiadas suas reflexões sobre justiça e economia, sua lúcida crítica aos excessos de desejo e cobiça, perigos corrosivos da cupidez.
Geralmente o líder dos monges tibetanos é retratado como "bonzinho", dotado de uma sabedoria que alcança o outro mundo sem chegar muito perto deste. Um engano. Sua base espiritualista não é uma grande tenda de incensos, é sim uma "tecnologia do eu" (para usar uma expressão da moda) que pode ser empregada contra as sombras vorazes da nossa realidade.
Dalai Lama ensina que o valor real de alguma coisa não é sua capacidade de satisfazer uma vontade, uma vaidade, mas de atingir a necessidade de bem-estar. Como não elogiar tal compreensão? Como não aceitar que, cedo ou tarde, adotaremos essa visão - para maior liberdade e justificativa do viver.
Marina Gold
http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI5487755-EI14323,00-A+espiritualidade+humana+pode+ajudar+o+futuro+sustentavel.html
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