Na cidade do Vale do Caí apenas 0,95% da população adulta não sabe ler nem escrever
Juliana Bublitz | juliana.bublitz@zerohora.com.br
Protagonista de uma tendência que se desenha há pelo menos duas décadas, o Rio Grande do Sul avança no século 21 como um exemplo na luta pela alfabetização.
Dados do Censo 2010, compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, dos 10 municípios brasileiros com os menores índices de analfabetismo, seis são gaúchos — incluindo o primeiro colocado no ranking, a cidade de Feliz.
Localizado a 65 quilômetros de Porto Alegre, Feliz, com 12 mil habitantes, é o símbolo dessa hegemonia. Lá, apenas 0,95% da população adulta não sabe ler nem escrever. Esmiuçada em números absolutos, a taxa surpreende: são somente 97 pessoas com 15 anos ou mais vivendo nessa situação.
Em segundo lugar, aparece o município de Morro Reuter, no Vale do Sinos, com apenas 1,04% de iletrados. Para se ter uma ideia do que isso representa, Alagoinha do Piauí (PI), que amarga a última colocação, tem nada menos do que 44% de analfabetos.
Os bons indicadores do Rio Grande do Sul, avalia a professora Clarice Salete Traversini, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), têm explicação em um conjunto de fatores, históricos e culturais.
Primeiro, a constatação de que a maior parte dos núcleos em destaque são de pequeno porte. Em segundo lugar, a existência de uma trajetória comum, baseada na colonização europeia, alemã e italiana.
Leia a reportagem completa na edição deste sábado de Zero Hora.
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