terça-feira, 3 de agosto de 2010

Denúncias de violência contra a mulher crescem 112% em 2010


Em atendimentos registrados pelo disque-denúncia, RS é o oitavo Estado brasileiro do ranking

O serviço de denúncia Ligue 180, específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher, registrou alta de 112% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, central criada em 2005.



Nos sete primeiros meses de 2010, o disque-denúncia registrou 343.063 atendimentos, contra 161.774 no mesmo período em 2009. Do total de informações prestadas pelo Ligue 180, a busca de informações sobre a Lei Maria da Penha, lei 13.340/2006 corresponde a 50%.



Dos atendimentos registrados neste ano pelo Ligue 180, a maioria se deveu a crimes de lesão corporal. Em seguida, vieram as ameaças, conforme dos dados do balanço. Juntos, os dois tipos de queixas somaram 70% dos registros do Ligue 180.



Das pessoas que entraram em contato com o serviço, 14,7% disseram que a violência sofrida era exercida por ex-namorado ou ex-companheiro, 57,9% estão casadas ou em união estável e em 72,1% dos casos, as mulheres relatam que vivem junto com o agressor. Mais da metade dos casos, mulheres dizem correr risco de morte.



A Secretaria de Políticas para as Mulheres informou que esses crimes também são os mais registrados por mulheres nas delegacias. Na avaliação da secretaria, o total de registros de ameaças - em 8.913 situações - mostra que é preciso atenção a esse tipo de queixa.



Em números absolutos, São Paulo lidera o ranking com 47.107 atendimentos, seguido pela Bahia com 32.358. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro com 25.274 dos registros. O Rio Grande do Sul ficou em oitavo lugar, com 11.490 atendimentos registrados.



Perfil



Os dados de hoje também mostram que a maioria das mulheres que ligam para a Central têm entre 25 e 50 anos (67,3%) e com nível fundamental (48,3%) de escolaridade. E 73,4% dos agressores têm entre 20 e 45 anos e mais da metade com nível fundamental de escolaridade.


Retirado de http://www.zerohora.com.br/

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