segunda-feira, 23 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Estado tem maior número de museus por habitante do país
Média do RS é de um museu para cada 26,6 mil moradores
Bruna Amaral | bruna.amaral@zerohora.com.br
O Rio Grande do Sul é festejado como culto na comparação com os demais estados brasileiros, especialmente por quem vê de fora. A Semana Nacional dos Museus, que vai de 16 a 22 de maio deixa isso em evidência. Proporcionalmente, nenhum outro Estado tem tantas instituições deste caráter. Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a média nacional per capita é de um para cada 67 mil pessoas; no Rio Grande do Sul, é um para cada 26,6 mil.
A pesquisa Museu em Números, divulgada pelo instituto em dezembro passado, mostra que os gaúchos têm à sua disposição 397 museus espalhados pelo Estado. O interessante é que, diferentemente do que ocorre no resto do país, eles não estão concentrados na capital: apenas 15% do total têm seu endereço em Porto Alegre.
O presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, vê na formação histórica do Rio Grando do Sul a justificativa para esta boa distribuição:
— O perfil de colonização é fundamental. Há uma vontade de preservar a memória sobre a saga dos colonos, e os museus são essenciais para isso.
Nenhum museu sobrevive isolado da comunidade em que se insere. De acordo com Nascimento, o papel fundamental destas instituições é representar a sociedade à sua volta. Além da distribuição geográfica, a recente criação dos cursos de Museologia na UFPel e na UFRGS constitui outro motivo de orgulho. Mas a política de atuação das instituições ainda precisa ser melhor desenvolvida.
A pesquisa Museu em Números, divulgada pelo instituto em dezembro passado, mostra que os gaúchos têm à sua disposição 397 museus espalhados pelo Estado. O interessante é que, diferentemente do que ocorre no resto do país, eles não estão concentrados na capital: apenas 15% do total têm seu endereço em Porto Alegre.
O presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, vê na formação histórica do Rio Grando do Sul a justificativa para esta boa distribuição:
— O perfil de colonização é fundamental. Há uma vontade de preservar a memória sobre a saga dos colonos, e os museus são essenciais para isso.
Nenhum museu sobrevive isolado da comunidade em que se insere. De acordo com Nascimento, o papel fundamental destas instituições é representar a sociedade à sua volta. Além da distribuição geográfica, a recente criação dos cursos de Museologia na UFPel e na UFRGS constitui outro motivo de orgulho. Mas a política de atuação das instituições ainda precisa ser melhor desenvolvida.
— O crescimento econômico dá às pessoas a possibilidade de procurar por outras formas de diversão — diz Nascimento. — Assim, o governo passa a valorizar a preservação da memória como uma estratégia política. Isso os países desenvolvidos já fazem há muito tempo.
A gratuidade em 86,8% dos museus gaúchos é um atrativo relevante para para que os museus possam receber mais atenção do público. A situação, afirma a coordenadora do curso de Museologia da UFRGS, Marlise Giovanaz, não é ideal, no entanto, projetos sólidos e atraentes existem:
A gratuidade em 86,8% dos museus gaúchos é um atrativo relevante para para que os museus possam receber mais atenção do público. A situação, afirma a coordenadora do curso de Museologia da UFRGS, Marlise Giovanaz, não é ideal, no entanto, projetos sólidos e atraentes existem:
— Apesar do problema de verbas curtas, temos iniciativas interessantíssimas no campo das artes. Locais com um funcionamento bastante articulado, como o Santander Cultural, a Fundação Iberê Camargo. Ações artísticas dentro e fora dos museus, como a Bienal — afimar Marlise.
Mas não é apenas o campo das artes que possui programação de museus bem estruturada. Outras instituições têm propostas que fogem do modelo tradicional. O Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, por exemplo, deixa que o visitante experiencie a ciência de maneira interativa. A interatividade, da mesma forma, é a marca do Museu da Eletricidade do RS e do Museu da UFRGS — ambos têm potencial para atrair jovens e turmas de escolas por meio de suas propostas contemporâneas, mas sem abrir mão da experiência tradicional de museu estático.
— Ainda há muitos museus que precisam ser melhorados tanto em programação quanto em infraestrutura. Mas o que realmente faz falta na cidade da Bienal do Mercosul é um centro de arte contemporânea de ponta digno da produção artística do Estado _ aponta José do Nascimento Júnior.
O Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC) poderia ser um exemplo do que pede o presidente do Ibram, porém, a instituição não conta com sede própria. Seu acervo, ainda incipiente, está abrigado há anos temporariamente na Casa de Cultura Mario Quintana. Cultuar o passado é preciso, mas a capital do Estado onde há mais centros de difusão de cultura per capita não é exatamente um exemplo quando o assunto são os museus que vislumbrem o futuro.
Veja a localização dos museus de Porto Alegre, segundo a classificação do Ibram:
Mas não é apenas o campo das artes que possui programação de museus bem estruturada. Outras instituições têm propostas que fogem do modelo tradicional. O Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, por exemplo, deixa que o visitante experiencie a ciência de maneira interativa. A interatividade, da mesma forma, é a marca do Museu da Eletricidade do RS e do Museu da UFRGS — ambos têm potencial para atrair jovens e turmas de escolas por meio de suas propostas contemporâneas, mas sem abrir mão da experiência tradicional de museu estático.
— Ainda há muitos museus que precisam ser melhorados tanto em programação quanto em infraestrutura. Mas o que realmente faz falta na cidade da Bienal do Mercosul é um centro de arte contemporânea de ponta digno da produção artística do Estado _ aponta José do Nascimento Júnior.
O Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC) poderia ser um exemplo do que pede o presidente do Ibram, porém, a instituição não conta com sede própria. Seu acervo, ainda incipiente, está abrigado há anos temporariamente na Casa de Cultura Mario Quintana. Cultuar o passado é preciso, mas a capital do Estado onde há mais centros de difusão de cultura per capita não é exatamente um exemplo quando o assunto são os museus que vislumbrem o futuro.
Visualizar Museus de Porto Alegre em um mapa maior
ZERO HORA
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Conheça as tendências da moda do inverno 2011 para as unhas
Cores e acabamentos de glitter prometem aquecer a estação mais fria do ano
O inverno está se aproximando e, com ele, uma série de novas tendências da moda, também para as unhas. Cores e acabamentos de glitter prometem aquecer a estação mais fria do ano.
Depois de um verão de mãos coloridas e tons super abertos, quem cansou do acabamento fosco, pode comemorar. As fashionistas estão abusando dos metálicos, cintilantes e holográficos — ou como algumas marcas vem chamando de "efeito 3D". Trata-se de micropartículas que refletem a luz conforme sua incidência na unha.
Esmaltes com efeito 3D Eliana Super Classic: Orion, Polaris e Mirzan
Cores escuras, perfeitas para a noite, vão povoar o dia das mais modernas. O prata em diversos tons é boa pedida, como o grafite e chumbo, às vezes puxando para o verde, azul marinho e roxo. Também o dourado e cobre são tendência.
Congo da Panvel e Boho Chic da Impala
Escuros e Cintilantes da Arezzo: Plum Romance, Dark Violet e Forest Night
Black Lead Arezzo e Cetim Ana Hickmann
Cint Love Panvel, Chiffon Ana Hickmann, Great Metal Arezzo
Outros dois lançamentos que estão fazendo sucesso são o craquelado e o flocado. O primeiro traz o efeito de pequenas rachaduras na superfície, deixando transparecer a cor de esmalte que está por baixo dele. O flocado traz flocos de glitter de diversos tamanhos ou cores.
Craquelados da Rivka, depois de aplicar o esmalte na unha percebe-se o efeito de pequenas rachaduras
Flocados: Paz e Amor, Coleção Impala Novo 70, Jazz da Hits Specialitta, Aurora Boreal e Sol da Meia Noite da Eliana Super Pérola
Coleção de flocados Fáculas Solares da Big Universe
Camelo ou caramelo é a cor deste inverno, você decide como chamar. O tom fica entre o marrom e o nude.
Cremosos e em tons de nude e caramelo: Nude Panvel, Caramel Big Universe, Camelo Impala
Cremosos em tons nude da Arezzo: Hot Nuts (à esquerda) e Choco Brown (à direita). Ao centro Cashmere da Ana Hickmann
O vermelho também esteve muito presente nas passarelas, em tons mais fechados. Não há como escapar de um clássico como este, não é mesmo? E com uma cobertura metálica, fica mais em alta.
Tapete Vermelho da Colorama e Cherry da Big Universe
Vinhos Provocantes - Revlon
A onda animal print desta vez não precisa se restringir às roupas e acessórios. Que tal uma manicure mais elaborada e uma unha de oncinha? Super trend! Para economizar a trabalheira que dá, você pode investir em adesivos que fazem vezes de esmaltes.
Nas unhas, adesivo Onça e no detalhe Leopardo, ambos da Eliana Super Pérola Tenshi
HAGAH RS
www.zerohora.com.br
segunda-feira, 16 de maio de 2011
7 PECADOS DA REDAÇÃO
Por: Paulo Saldaña - O Estado de S. Paulo
Saber fórmulas e entender cálculos não ajuda o aluno na hora fatídica: a de escrever a redação. “Ela é feita para avaliar uma competência que as outras questões não avaliam”, afirma o professor da USP e do cursinho Anglo Francisco Platão Savioli.
Fuvest, Unicamp e Unesp adotam critérios parecidos para avaliar os textos. As equipes de correção ficam atentas a itens como adequação ao tema proposto e ao gênero do texto, desenvolvimento argumentativo, coesão e expressão. “O candidato precisa trazer alguma informação para o texto, mostrar que tem conhecimento e defender aquilo que pensa”, diz a diretora-executiva da Fuvest, Maria Thereza Fraga Rocco, responsável, há cinco anos, pelos temas da redação no vestibular.
Este ano, um batalhão de 400 pessoas fará a correção da Fuvest. Dessas, 60 vão trabalhar só na redação. Cada texto passa por dois avaliadores, que não conhecem a correção um do outro. Caso as notas tenham discrepância grande, a redação seguirá para um terceiro. Se a última nota não ficar próxima de nenhuma das outras, a própria Maria Thereza assume a correção. “Nesses casos, vale a minha nota.”
Na Unicamp – único dos três vestibulares em que há a opção de escrever um texto que não seja uma dissertação –, cerca de 20% das redações têm de passar pelo terceiro corretor. “Elas podem ter até cinco releituras”, diz Maurício Kleinke, coordenador de Pesquisa da Comvest, órgão responsável pelo vestibular. Segundo ele, 2% das redações são anuladas. Na maioria dos casos, por fugir da proposta.
Para não ter a redação desclassificada, o candidato deve ficar atento aos aspectos formais. “A análise é técnica. É avaliada na correção a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de forma clara, sem tentar enganar a banca”, diz Paulo Del Bianco, coordenador da correção da Vunesp, que organiza o processo seletivo da Unesp.
Professor da universidade, Rogério Chociay publicou um livro em que analisa as dissertações de vestibulares antigos da Unesp. Ele apresenta, e comenta, bons e péssimos exemplos de textos. “Algumas redações eu chamo de ‘camicase’. São praticamente um voo para a morte, para a anulação. Tem gente que escreve poesia, faz até desenho.”
1 Letra
O candidato não precisa ter letra bonita, mas deve garantir que o corretor consiga ler seu texto. “Uma letra garranchuda e ilegível revela incapacidade de comunicar uma mensagem”, afirma Rogério Chociay.
O candidato não precisa ter letra bonita, mas deve garantir que o corretor consiga ler seu texto. “Uma letra garranchuda e ilegível revela incapacidade de comunicar uma mensagem”, afirma Rogério Chociay.
2 Tamanho
A redação deve ter um tamanho adequado, em geral entre 22 e 30 linhas. Um texto muito curto revela a incapacidade do candidato de desenvolver o tema. Mas ele também não deve ser muito grande. Tamanho excessivo pode revelar dificuldade para concluir ideias. E nada de enganar os corretores com letra grande ou margens falsas, para dar a impressão de um texto mais longo.
A redação deve ter um tamanho adequado, em geral entre 22 e 30 linhas. Um texto muito curto revela a incapacidade do candidato de desenvolver o tema. Mas ele também não deve ser muito grande. Tamanho excessivo pode revelar dificuldade para concluir ideias. E nada de enganar os corretores com letra grande ou margens falsas, para dar a impressão de um texto mais longo.
3 ‘Lúdicas’
Nenhuma banca de vestibular leva em conta produções que não sejam textos. Mostra de ingenuidade ou ousadia, redações “lúdicas” são anuladas de imediato por fuga do gênero.
Nenhuma banca de vestibular leva em conta produções que não sejam textos. Mostra de ingenuidade ou ousadia, redações “lúdicas” são anuladas de imediato por fuga do gênero.
4 Fuga do tema
Nunca se deve fugir do tema proposto. “O vestibulando deve mostrar que apreendeu a questão em debate”, diz o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo.
Nunca se deve fugir do tema proposto. “O vestibulando deve mostrar que apreendeu a questão em debate”, diz o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo.
5 Fuga do gênero
Com exceção da Unicamp, em que a redação também pode ser uma carta ou narração, os grandes vestibulares pedem textos dissertativos. Não escreva textos que fujam ao que foi pedido, nem desenvolva ideias “criativas”, como feito aqui.
Com exceção da Unicamp, em que a redação também pode ser uma carta ou narração, os grandes vestibulares pedem textos dissertativos. Não escreva textos que fujam ao que foi pedido, nem desenvolva ideias “criativas”, como feito aqui.
6 Sem argumentação
O corretor tem um sério motivo para desconsiderar um texto em que não há argumentação. “Na redação você tem que desenvolver um raciocínio, não pode ficar dizendo sempre a mesma coisa”, diz Maria Thereza Fraga Rocco, da Fuvest.
O corretor tem um sério motivo para desconsiderar um texto em que não há argumentação. “Na redação você tem que desenvolver um raciocínio, não pode ficar dizendo sempre a mesma coisa”, diz Maria Thereza Fraga Rocco, da Fuvest.
7 Poesia
“Não escreva nada além de prosa. Se você é um excelente poeta, ótimo. Mas não em dia de redação”, recomenda a professora de Português do Etapa Célia Passoni.
“Não escreva nada além de prosa. Se você é um excelente poeta, ótimo. Mas não em dia de redação”, recomenda a professora de Português do Etapa Célia Passoni.
A boa
Rogério Chociay destaca em seu livro que boas redações apresentam coerência, uso da norma culta da língua, além de argumentos a favor de uma posição. “Não precisa ser original, mas dar uma proposta sustentável”, diz Francisco Platão.
Adaptado de: http://www.mundovestibular.com.br/articles/8178/1/7-Pecados-da-redacao/Paacutegina1.html
Organização: Professora Francine Maciel de Almeida
Realismo-Naturalismo
Organização: Professora Francine Maciel de Almeida
Características:
1. Compromisso com a realidade
O Realismo-Naturalismo é contra o tradicionalismo romântico. Trata-se de uma arte engajada: ela tem compromisso com o seu momento presente e com a observação do mundo objetivo e exato.
2. Presença do cotidiano
Os escritores realistas-naturalistas consideram possível representar artisticamente os problemas concretos de seu tempo, sem preconceito ou convenção. E renovaram a arte ao focalizarem o cotidiano, desprezado pelas correntes estéticas anteriores. Daí que os personagens de romances realistas-naturalistas estejam muito próximos das pessoas comuns, com seus problemas do dia-a-dia, com suas vidas medianas, cujas atitudes devem ter sempre explicações lógicas ou científicas. A linguagem é outra preocupação importante: ela deve se aproximar do texto informativo, ser simples, utilizar-se de imagens denotativas, e as construções sintáticas devem obedecer à ordem direta.
3. Personagens tipificados
Os personagens de romances realistas-naturalistas são retirados da vida diária e são sempre representativos de uma categoria – seja a um empregado, seja um patrão; seja um proprietário, seja um subalterno; seja um senhor, seja um escravo, e daí por diante. Os personagens típicos permitem estabelecer relações críticas entre o texto e a realidade histórica em que ele se insere: isto é, embora os personagens sejam seres ficcionais, individuais, passam a representar comportamentos e a ter reações típicas de uma determinada realidade.
4. Preferência pelo presente
Os escritores realistas-naturalistas deram preferência ao momento presente: as narrativas estavam ambientadas num tempo contemporâneo ao do escritor. Com isso, a crítica social ficaria mais próxima e mais concreta. Nesse sentido, a literatura ganha um papel de denunciadora do que havia de mau na sociedade. Outro aspecto dessa preferência pelo momento presente é o detalhismo com que é enfocada a realidade, fato explicável pela proximidade.
5. Preferência pela narração
Ao contrário dos românticos, que privilegiaram a descrição, os realistas-naturalistas deram ênfase à narração do fato: o que acontece e por que acontece são as preocupações desses escritores.
6. Anticlericais, antimonárquicos, antiburgueses
Os realistas-naturalistas são marcadamente contra a Igreja, que apontam como defensora de ideologias ultrapassadas, como, por exemplo, a monarquia. Também criticam acirradamente a burguesia, que encarna o status romântico em geral.
Características: Quadro Geral
Realismo | Naturalismo |
Retrato Fiel do Personagem | Visão determinista e mecanicista do homem |
Lentidão Narrativa | Cientificismo |
Interpretação do Caráter | Personagens patológicas |
Materialização do amor | Incorporação de termos científicos e profissionais |
Determinismo e relação entre causa efeito | Determinista, Evolucionista, Positivista |
Veracidade | |
Detalhes Específicos |
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Supremo aprova união homoafetiva
Decisão foi por unanimidade
Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram pelo reconhecimento da união estável para casais homossexuais. A votação, que iniciou às 14h, terminou por volta das 20h30min. O Ministro Dias Toffoli não participou do julgamento, pois atuou numa das ações quando foi advogado-geral da União. Assim, foram 10 votos a favor e nenhum contrário.O relator, Ayres Britto, julgou ainda na tarde dessa quarta-feira procedentes as ações que buscam o reconhecimento legal da união homoafetiva como entidade familiar. Britto afirmou que o conceito constitucional de família ou entidade familiar é aberto e comporta cidadãos do mesmo sexo. Os outros noves ministros fizeram suas colocações e apoiaram o relator.
Entenda o julgamento
Duas ações estavam em pauta. A primeira, ajuizada em fevereiro de 2008, é do governador reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Ele pede que o Código Civil e o Estatuto dos Servidores Civis do estado não façam qualquer discriminação entre casais heterossexuais e homossexuais no que diz respeito ao reconhecimento legal da união estável. A ação afirma que posicionamentos discriminatórios vão de encontro a princípios constitucionais, como o direito à igualdade e à liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana.
A ação também alega que a situação atual, com sentenças conflitantes no estado e em todo o país, contraria o princípio constitucional da segurança jurídica. O governador afirma ter interesse na ação porque, no estado do Rio, há um grande número de servidores que mantêm união estável com pessoas do mesmo sexo. O governador também afirma que, como há muitos casais homossexuais no Rio, se vê na obrigação de pleitear o direito dessa parcela dos cidadãos do estado.
A outra ação analisada foi da Procuradoria-Geral da República, ajuizada em julho de 2009. O pedido é semelhante: que o STF declare obrigatório o reconhecimento, no Brasil, da união de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Também pede que os mesmos direitos dos casais heterossexuais sejam garantidos aos casais homossexuais.
O processo, de 322 páginas, tramitava sob responsabilidade da ministra Ellen Gracie até março deste ano, quando foi redistribuído para o ministro Ayres Britto. Além da procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Ela de Castilho, o documento também é assinado por diversas instituições que militam em favor dos direitos dos homossexuais.
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